Sobre ser bela, recatada e do lar


Não preciso ser bela para ser aceita. A beleza não é tudo que temos. Um dia ela acaba e aí o que lhe resta? Muito menos preciso ser recatada. Na verdade fui procurar no dicionário o que significa a palavra recatada e surgiu: Adjetivo feminino utilizado para definir uma pessoa reservada; tímida. Bom... E se eu não for tímida? Se eu for espontânea, goste de falar, brincar, dançar e for livre? Não sirvo de exemplo? Ah, também me falaram que é preciso ser “do lar”. Mas minha gente... Este é o mais absurdo de todos. Mulher hoje em dia pode ocupar tantos cargos em diversas áreas além do lar que eu tenho a leve impressão de que vai ficar difícil encontrar a mulher ideal que tanto procuram por aí.

Detesto esses padrões que a sociedade impõe a tantas mulheres desde o inicio da humanidade. Para que padrões? Para quê viver num lugar em que todos são iguais uns aos outros? Cadê a tal liberdade? Faço-me essas perguntas sempre que surgem notícias sobre padrões. Você prefere homem malhado ou o mais magrinho? Gosta de mulher loira ou mulher morena? Dia ou noite? Claro ou escuro? Não estou aqui falando apenas de padrões de beleza e comportamento feminino, e sim dos padrões que a sociedade sempre quer nos impor.

Podemos e devemos ser livres para o que quisermos ser. A mulher pode ser tímida sim, recatada e gostar de cuidar apenas da casa e dos filhos. Mas também tem a mulher que gosta de sair a noite, beber e dançar até o chão. E isso não a fará menos mulher que aquela que está em casa cuidando dos filhos e do marido. Cada uma escolhe a vida que quer seguir. Ah, e se um dia a mulher recatada e do lar resolver ser extrovertida e do bar, não a julguem. Ela escolheu mudar também.


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